28/05/2019 às 22:35 Com a palavra, os parceiros!

E mãe lá tem dia?

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Mãe é dona do calendário todo. Ela estabelece a rotina que a gente copia sem nem ter consciência quando resolve criar uma vida dentro da gente também. Mãe pode não ir à missa mas faz a gente dizer amém.

Desde criança eu sempre imaginei minha mãe como coisas bem simples e concretas pra que eu pudesse entender ainda tão pequenina, o tamanho daquilo que eu sentia por ela. Pra que eu pudesse explicar pro mundo com meu vocabulário ainda limitado o que ela era pra mim.

E assim foram nascendo comparações como mãe-muro porque ela era alta (e quando a gente é criança, a mãe é gigante na Terra de Gulliver, né?) e tinha um jeito impávida, sempre forte, e se erguia no ar como a mais alta muralha capaz de proteger mil povoados.

Também pensava numa mãe-vidro que quebra e estilhaça com cada malcriação e pirraça mas que cola todos os cacos revelando um novo vaso colorido pronto pra quebrar - e refazer-se ainda mais resistente - no meu próximo erro ou malfeito.

Eu ainda imaginava a mãe-casa que aconchega e abriga. Tranca a porta e bota comida, traz no corpo a própria guarita. Que passa a noite de prontidão e é capaz de erguer sozinha uma moradia do telhado ao rés do chão.

A outra faceta dela era a mãe-ciência. Aquela que corrige o dever de casa. Que explica português e matemática e parece saber todas as coisas da vida. A que respondia com paciência - e um que de imaginação - todos os meus porquês. Era uma mãe com mestrado em Ruth Rocha e Maria Clara Machado, que carregava a gnose, era dona de todas intuições e sabia até que a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. (alguém lembra dessa?)

Por último, me lembro da mãe-capela que continha o sagrado dentro dela. A mãe que me ensinou a oração do anjo da guarda, me batizou e botou na escola católica, mas não ligava se, no réveillon, eu pulasse 7 ondas pra Yemanjá só pra dar um reforço no time da bíblia (porque benção nunca é demais). Dessa mãe que dava sermão até em santa canonizada se achasse que ela estava errada e que fazia da sua palavra a minha oração.

Minha mãe podia transformar castigo em penitência e passeio em procissão. Era só a gente errar a mão. Ou seja, seja lá a idade ou metáfora, mãe  de verdade é TUDO e a gente é apenas uma PARTE dessa força infinita. Mãe sempre será...o nosso universo particular.

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O Atelier do Sim é foi criado pela jornalista, publicitária e escritora Maria Paula Zommer como um espaço de dedicação e entrega completa ao melhor ofício de todos: celebrar o amor das pessoas. Com um talento único para contar histórias de amor de forma leve, divertida e emocionante, a celebrante Maria Paula traduz sentimentos em palavras de maneira autêntica e intimista e transforma a cerimônia, muitas vezes conhecida como a parte mais maçante do casamento, no ponto alto da celebração.

Maria Paula tem um estilo particular e a vocação de transformar o dia mais importante da sua vida num momento inesquecível e na melhor memória afetiva de forma original e cheia de criatividade e afeto. Cada cerimônia conta uma história linda, engraçada, curiosa, poética, mas sempre diferente. Afinal, ela reflete de forma absolutamente personalizada a jornada, história, sentimento e personalidade do casal e do seu universo particular. Porque no final das contas, o que importa é viver de dizer SIM para o amor.

28 Mai 2019

E mãe lá tem dia?

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